2007/10/23

Ainda I Conferência PNL... no "Jornal de Notícias"

"[...] Nas secundárias só falta intervir em 20 escolas e nos 2º e 3º ciclos em 130. A reorganização da rede do 1º ciclo não permitiu à ministra precisão no número. No entanto, frisou que um dos requisitos dos novos centros escolares é a obrigatoriedade de bibliotecas. Horas depois, o primeiro-ministro confirmaria a estratégia até ao fim do ano lectivo, todas as escolas estarão integradas na rede de bibliotecas.
Os fundos (cinco milhões de euros) "não são problema", retorquiu aos jornalistas. O que preocupa Lurdes Rodrigues é "a organização do trabalho e a criação das dinâmicas certas para estimular o gosto pela leitura". Depois, referiu, a duplicação do investimento "envolve sobretudo as autarquias", responsáveis, nomeadamente, pelas infra-estruturas do 1º ciclo.
Há dez anos quando foi lançado o projecto de reestruturação das bibliotecas escolares existiam 160 no país. Hoje são quase 1900. Espaços, sublinhou ontem, que se destacam pela sua qualidade dos estabelecimentos."


"Primeiro ler textos curtos, depois obras

Os alunos do 2º ano deveriam ler textos curtos de 70 a 120 palavras. Narrativas, poemas ou instruções sobre o quotidiano para que as crianças percebam "o sentido global" e "detalhes relevantes" do que lêem. A recomendação consta do estudo - "Para a avaliação do desempenho da leitura" - de Inês Sim-Sim e Fernanda Viana, apresentado ontem na Conferência do PNL.
No 4º ano os textos já devem oscilar entre as 250 e 700 palavras e no 6º os alunos já devem ler obras integrais e conseguir interpretá-las.
As duas investigadoras da Escola Superior de Educação de Lisboa apontam no estudo lacunas nos actuais métodos de ensino, nomeadamente, ao nível dos instrumentos de avaliação que são escassos, referem, no 2º ciclo, particularmente. O objectivo, propõem, é a criação de um instrumento que permita a avaliação das capacidades dos alunos em três fases cruciais do seu desenvolvimento 2º, 4º e 6º anos. O estudo aponta para a criação de um banco nacional de itens.
Durante este ano, o PNL também apoiou a realização de outros quatro estudos sobre a promoção, desenvolvimento e avaliação dos hábitos de leitura, em contexto nacional e internacional."


"Leituras nas aulas já são uma rotina

Setenta por cento dos professores "terão notado progressos, pelo menos parciais, dos alunos no domínio da leitura" com a introdução das iniciativas do PNL. É, pelo menos esse o resultado de um inquérito, coordenado por António Firmino da Costa, do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE) de "Avaliação externa do PNL" e que hoje será apresentado, no último dia de trabalhos da Conferência, na Gulbenkian.
O questionário dirigiu-se a todas as escolas registadas no PNL (1400) mas destas só responderam cerca de 35%. O balanço feito ao primeiro ano do plano é "claramente positivo" e os números comprovam a satisfação 83% das escolas consideram que o PNL reforçou as suas actividades de promoção de leitura. Por exemplo, em 95% de todas as turmas dos estabelecimentos inquiridos tornou-se rotina as leituras na sala de aula. As principais dificuldades apontadas pelos docentes foram "o tempo e os recursos disponíveis" referidos como "escassos" por 77% das escolas.
Desde o início do PNL, 676 escolas receberam reforço de orçamento para aquisição de livros - um esforço de quase um milhão e meio de euros custeado pela tutela e pela Gulbenkian."

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